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Foto do escritorLuís Gustavo Camargo

Moda Circular: entenda porque a moda sustentável é de grande valia no século XXI

Indústrias e grandes marcas apostam na melhor estratégia para reduzir o lixo têxtil e diminuir o impacto sobre o meio ambiente.



O conceito de moda circular no século XXI está totalmente atrelado a medidas de sustentabilidade por meio de ciclos de vida mais duráveis das roupas. Com isso, podemos aumentar a vida útil dos produtos, provocando a diminuição da necessidade de produção de matérias-primas.


De acordo com relatório feito pela Research AndMarkets, o crescimento mundial de moda sustentável deve passar de US$ 6,3 bilhões, em 2019, para US$ 8,2 bilhões em 2023. Além disso, entre 2025 e 2030, o faturamento desse mercado pode chegar a US$ 15,2 bilhões.


No nosso dia a dia, podemos citar o exemplo dos brechós, onde podemos encontrar diversos tipos de peças vintage, retrô, nacionais, importadas e até novas. Dessa forma, peças de roupas que você não considera mais adequadas podem ser ideais para outro tipo de público.


Em termos técnicos, a moda circular funciona por meio de etapas, sendo elas:


  • Indústria da Moda

  • Varejo

  • Consumidor final

  • Reutilização/Customização

  • Indústria de reciclagem


O blog Etiqueta Única destaca Anna Brismar, consultora para empresas da indústria global de moda, como uma das percursoras do movimento. Uma de suas principais contribuições foi uma nova e abrangente definição de moda sustentável (em 2012), que vem sendo utilizada desde então. No mesmo ano, desenvolveu e lançou o conceito “Sete formas de moda sustentável”, mostrados na imagem a seguir:


Créditos de imagem: Green Strategy (Tradução: De Mulher Para o Mundo)

A relação entre consumo consciente e moda circular


Créditos de imagem: Instituto Alce

Em entrevista à De Mulher Para o Mundo, a designer de moda Beatriz Foresto conta que escolher a moda consciente não é apenas uma decisão benéfica para o meio ambiente, mas para todos os envolvidos no processo, como consumidores e marcas, pois seu conceito inclui várias condições do produto como: design, produção, transporte, armazenamento, comercialização, venda e descarte. Dessa forma, a ideia da moda circular é fazer com que esse descarte elimine o desperdício e cause menos danos ao planeta.


"Pequenas ações podem tornar a moda mais consciente, como a pratica do upcycling, onde, a partir de roupas usadas são feitos novos produtos; dar preferências a peças usadas; e quando uma roupa chegar ao fim de vida útil, busque as marcas para entender qual soluções elas têm", diz.


Ainda segundo ela, a poluição ambiental e o esgotamento de recursos naturais são alguns dos problemas causados pela indústria têxtil e do vestuário, por isso, atualmente há muitas formas de aumentar a sustentabilidade desse mercado fashion, que tem oferecido para a sociedade formas de consumo consciente, gerando mais responsabilidade ambiental e buscando por alternativas menos prejudiciais ao meio ambiente, o que ganha um espaço importante na sociedade.

 

 

Grandes marcas que fazem a moda circular acontecer no Brasil




Grandes varejistas brasileiras como C&A e Renner promovem a Moda Circular por meio de campanhas.


A Campanha #VistaAMudança, promovida pela C&A, conta com consumo de moda produzida com matérias primas recicladas ou sustentáveis. Já a campanha "EcoEstilo Renner", compõe coletores para descarte de roupas sem uso nas unidade de loja da Renner para que com isso, sejam transformadas em matérias-primas têxteis. 


A importância dos brechós para a moda circular


Os brechós possuem um protagonismo na discussão sobre a moda circular: segundo o Sebrae, de 2020 para 2021, o mercado de segunda mão cresceu 48,5%. Quando as roupas usadas estão circulando, seu tempo de vida útil é estendido.


Nas cidades de Salto e Itu — municípios que compreendem a região de sede da De Mulher Para o Mundo —, contamos com duas importantes colaboradoras da moda circular e que, inclusive, estiveram presentes no evento realizado pelo curso de Moda intitulado “Fashion Revolution”, realizado no primeiro semestre deste ano no CEUNSP (Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio).


Em Salto, Karina Shoubek traz o "O Cabideiro Viajante", com novidades e dicas sobre o mundo da moda e, é claro, seu negócio.

A curadora compartilha experiências com suas clientes para a melhoria da imagem pessoal e estilo.


Já em Itu, Camila Schincariol traz o "100 Mofo Garimpos", com uma ressignificação completa de um brechó no centro do município, e também conta com uma loja online para garantir o melhor conforto ao cliente. Camila entrega para todo o Brasil e, em seu perfil, mostra as novidades das coleções por meio de divulgações de roupas e vídeos extrovertidos.



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