Quinta mulher a ser indicada ao Oscar de melhor direção, Greta Gerwig é a mente por trás do visionário live action da Barbie.
Greta Gerwig é natural da Califórnia (Estados Unidos da América), nascida no dia 04 de agosto de 1983. Sua mãe, Christine Sauer, trabalhava como enfermeira, e seu pai, Gordon Gerwig, era consultor financeiro e programador.
Greta cresceu em Sacramento, frequentou um colégio católico e se mudou para Nova York, em busca do sonho de ingressar na faculdade e se tornar dramaturga, infelizmente foi rejeitada em programas de mestrado da área, acabou optando pela atuação, estudando em Bernard.
Foi durante seu período em Bernard, no ano de 2006, que Greta conquistou seu primeiro papel na área, estrelando o filme 'LOL'. A produção levava o nome de Joe Swanberg, que se manteve como seu parceiro em produções futuras, como em 'Hannah sobe as escadas' (de 2007), produção que ambos escreveram juntos. Além desse, Greta escreveu, atuou e dirigiu o filme 'Nights and weekends' (2008). Todas as produções eram de baixo orçamento e marcadas por diálogos simples e naturais, seguindo o movimento mumblecore, bastante viral na época.
Greta continuou atuando em diversas produções nos anos seguintes, e no ano de 2010, enquanto participava do filme 'O solteirão' a atriz conheceu seu atual marido, o diretor Noah Baumbach, com que se casou no ano seguinte e com quem hoje tem 2 filhos.
Durante os próximos anos, Gerwig esteve presente em 'Descobrindo o amor' e 'Para Roma, com amor', mas foi em outra produção de seu marido, 'Frances Ha', de 2012, que ela conseguiu sua personagem de destaque.
Além de atuar, Greta coescreveu o longa, mas nunca foi reconhecida por seu trabalho no roteiro, fato que a magoava profundamente, seu trabalho era visto como “ajuda” para seu marido, sem ser reconhecida como igualmente responsável pela obra.
Greta Gerwig, a diretora
O Longa 'Lady Bird' foi escrito e dirigido por Greta. Focado na história de amor materno entre Christine e sua mãe, foi a primeira produção que Gerwig dirigiu sozinha.
De uma sensibilidade e cuidado incrível, o longa rendeu à diretora a quinta indicação da história de uma mulher ao Oscar de melhor direção, além de faturar mais 4 indicações: melhor filme, melhor atriz, melhor atriz coadjuvante e roteiro original.
As produções das quais Greta participou (tanto atuando, como escrevendo ou dirigindo) geralmente eram focadas nas relações femininas, com personagens mulheres marcantes e histórias bem construídas e desenhadas. É o caso de 'Adoráveis mulheres' (2019), que, apesar de ter sido adaptado em vários formatos anteriormente, como cinema, séries de TV e teatros, nas mãos de Greta Gerwig se tornou ouro: concorrendo a seis categorias do Oscar, entre elas a de melhor filme. Greta foi a responsável pelo roteiro e direção do longa, optando por quebrar a linha cronológica da história e adaptar o final para tempos mais atuais.
O sucesso do filme 'Barbie'
O live action da Barbie já estava criando alvoroço desde o anúncio de sua produção, o encanto por trás da boneca mais vendida do mundo era tamanho que criou um movimento na moda: o Barbiecore, tendência que consiste em usar a paleta rosa nos vestuários, sem discriminação de idade, a cor rosa virou febre entre as pessoas, sendo usada constantemente.
Não se sabia até então do que se tratava o filme, qual seria sua temática ou foco, até foi questionado o fato de Greta, uma feminista assumida, aceitar roteirizar e dirigir um filme sobre a Barbie, conhecida como um estereótipo padrão. Apesar do longa se tratar de um projeto antigo da Mattel, sendo pensado e negociado por mais de 10 anos com produtoras, diretores e atrizes diferentes, não era sabido qual seria o foco da história.
Quando o icônico trailer estreou, todas as redes sociais estavam lotadas com as referências do filme, como os calcanhares da atriz Margot Robbie não tocarem o chão ou fato dela descer da sua "dreamhouse" direto para o carro, levitando, imitando o jeito de uma criança ao brincar com a Barbie. Além disso, o filme apresentou referências para diversas bonecas clássicas da Barbie, usando roupas e temáticas.
A cada novo trailer, foto dos bastidores e posteres oficiais, a curiosidade do público aumentava, fazendo com que a pré-estreia de Barbie fosse a maior bilheteria da Warner.
O movimento Barbie core voltou a ser tendência, com milhares de pessoas indo assistir ao filme com roupas na paleta rosa, levando bonecas e acessórios da Barbie. Diversas marcas começaram a fazer parcerias com o filme, como o caso da Zara, que lançou uma coleção inteira com a temática do filme, do Burger King, que criou combos para o longa e muitas outras.
Mas por que Greta aceitou participar do projeto? Primeiramente, porque o live action da Barbie não é apenas sobre moda: é voltado para aceitação, amadurecimento e choque de realidade. Barbie vivia em seu mundo perfeito, com dias perfeitos, um namorado perfeito (Ken), amigas perfeitas, casa perfeita e festas todos os dias. Sua vida era perfeita.
Mas ela começa a se questionar e isso gera uma crise existencial muito elucidada no trailer, quando ela pergunta como seria morrer.
Barbie parte de seu mundo com o seu namorado Ken, para o mundo real, ela vai bater em um homem, ser presa, beber e sofrer a decepção de saber que as crianças já não brincam mais com ela.
O filme é muito sensível e marcante, com uma protagonista forte, passando por situações difíceis e se auto conhecendo, exatamente a linha de pensamento de Greta. O filme acerta mais quando escala a atriz principal, Margot Robbie para também atuar como produtora. A combinação de Greta e Margot resultou no inesperado sucesso do live action da Barbie, que, apesar de ter sido lançado nesta semana oficialmente, já é considerado um sucesso.
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