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  • Foto do escritorDe Mulher Para o Mundo

A mulher mais poderosa do antigo Egito: Cleópatra

Poliglota, diplomática, política e estrategista, a história de Cleópatra fascina até hoje.



Cleópatra foi a última rainha do Egito, pertencente à dinastia Ptolomaica, era versada em 7 línguas, sabia matemática, astronomia, música, retórica e literatura Grega. Seu lugar favorito era a biblioteca de Alexandria, extremamente inteligente, a faraó do Egito dominava política e diplomacia: seus dois casos amorosos foram pensados estrategicamente em prol de seu país.  

 

Contexto histórico

 

Conhecida como uma mulher estonteante e magnética, Cleópatra sabia de seu poder e, desde muito nova, entendia a questão política delicada do Egito, que, na época, foi anexado como território Romano. A rainha nasceu em 69 a.C, filha do faraó Ptolomeu XII, a origem de sua mãe é desconhecida, para alguns se tratava da concubina favorita do faraó, uma egípcia de berço e para outros, sua mãe foi Cleópatra V, grande esposa real de seu pai. Ela nasceu em Alexandria, mas tinha origens gregas, o que gera certa discussão sobre sua cor: seria Cleópatra negra ou branca?

 

Apesar de sua origem grega, que talvez sinalizasse que ela pudesse ter alguma ascendência branca, hoje, é mais aceita a tese de que a grande rainha era negra, assim como os antigos reis egípcios. Na época de seu nascimento, o Egito já era território de Roma, por conta da morte de Alexandre, o Grande.

 

Como a dinastia de seu pai tinha origem grega, sua língua materna foi o grego antigo, mas, buscando se aproximar mais de seu povo, ela fez questão de aprender o egípcio. Para manter seu poder, casou-se com seu irmão mais novo, Ptolomeu XIII, e ambos se tornaram co-faraós. No entanto, ela se recusava a aceitar a interferência de seu irmão-marido inexperiente em suas decisões políticas, o que causou uma ruptura no governo de ambos.


A guerra pelo poder

 

O casamento com seu irmão estava fadado ao fracasso. Ptolomeu era extremamente inexperiente e impulsivo, totalmente controlado por seu vizir, já Cleópatra estava preparada para governar, tendo estudado muito até aquele momento.

 

A disputa de poder entre os irmãos forçou a rainha a fugir de Alexandria em 48 a.C. No mesmo ano da disputa entre os co-faraós, Roma também passava por turbulências. Júlio César e Pompeu estavam em uma guerra civil pelo controle do Império romano. Ptolomeu decidiu escolher um lado e assassinou Pompeu, mandando sua cabeça de presente para Júlio César, que levou o “presente” como afronta. Um egípcio matou um romano, mesmo que inimigo, e a situação não foi bem vista pelo ditador.

 

Júlio César reconheceu em Cleópatra uma governante forte e capaz e tentou reconciliar o casal, pedindo que Ptolomeu respeite sua irmã-esposa como rainha. A tentativa deu errado e César foi atacado e sitiado pelo faraó, o general romano então aguardou o socorro das tropas e, então, contra​ atacou o rei do Egito.

 

Ptolomeu era extremamente inexperiente e se vestiu com uma pesada malha de ouro para a batalha, acabou caindo no rio e se afogou, incapaz de lutar contra o peso da armadura de ouro. Sendo assim, Cleópatra recuperou seu poder e se tornou a única faraó do Egito, além disso, desenvolveu um caso romântico com Júlio César. Juntos conceberam Cesárião, o primogênito da rainha do Egito.

 

Em uma das visitas da rainha a Roma, ela se hospedou na casa de Júlio César, que era casado com Calpúrnia. Casos extraconjugais não eram bem vistos na Roma antiga e Cleópatra era bem impopular no império romano. Além de ser assumidamente amante de César e de terem um filho juntos, ela também era extremamente criticada por ter tomado o poder do irmão, por se auto proclamar uma deusa na Terra (Ísis, deusa egípcia) e por ir contra todos os papéis de gênero feminino pregados no império romano.

 

Cleópatra era inteligente, governante, diplomática, tudo que era dito era pensado e calculado, estava a frente de um dos impérios mais antigos do mundo, sabia usar de política e de sedução para se manter no poder. Seu filho era o seu “ÁS” e os homens romanos viam todo seu poder com maus olhos.

 

Sua viagem a Roma se deu pela vontade da rainha de ter seu filho reconhecido pelo amante, tornando-se assim também herdeiro de César. No entanto, o ditador romano foi assassinado por seu amigo próximo, Brutus, antes que o reconhecimento público acontecesse, e a rainha retornou à segurança de sua capital o mais depressa possível.


Cleópatra e seu grande amor

 

Marco Antônio, Otávio e Lépido formaram o segundo triunvirato após a morte de Júlio César. O trio caçou Cássio e Brutus, os responsáveis pela morte do ditador romano Júlio César. Assim que finalizaram sua vingança, Marco Antônio se tornou governador do Egito e ganhou atenção da faraó a partir desse momento. O novo governador enviou cartas à rainha do Egito, que compareceu perante a ele vestida como uma deusa, usando elementos da deusa Ísis e de Vênus, completamente estonteante.

 

Não demorou e ambos se apaixonaram, tornando-se amantes. Ficaram juntos por 10 anos, nos quais 3 filhos foram concebidos: Alexandre Hélio, Cleópatra Selene e Ptolomeu Filadelfo. O problema era que Marco Antônio, assim como Júlio César, também era casado. Sua esposa era Otávia, irmã de Otávio, que não gostou nada de acompanhar a humilhação pública de sua irmã. A partir de 40 a.C, Marco Antônio mal ficava em casa com sua esposa e a repudiava sempre que podia. Em 32 a.C decidiu desistir de seu casamento e se casar com a rainha do Egito.

 

A humilhação foi um estopim para Otávio, que iniciou uma guerra contra o ex-cunhado e a rainha do Egito.

 

Final da vida

 

A campanha de guerra foi lançada contra o casal, que lutou bravamente, usando estratégias emblemáticas para vencerem as batalhas. No entanto, Marco Antônio não seguiu os conselhos de estratégias da faraó, que os levaram a perder seu batalhão e aguardarem as tropas de Otávio.

 

As tropas romanas invadiram o Egito, Marco Antônio foi informado falsamente da morte de Cleópatra e se suicidou. Assim que Cleópatra soube do trágico fim de seu amado, tirou também a própria vida e ambos já foram encontrados mortos e juntos.

 

Os filhos de Cleópatra não tiveram bons destinos: Cesarião foi morto pelos romanos, seus irmãos feitos de escravos e perderam suas vidas cedo também. Apenas Cleópatra Selene manteve um bom destino, se casando e mantendo a geração de sua mãe viva.

 

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