top of page
  • Foto do escritorHellen Caldas

Carnaval e as ISTs

Época de muito festejo, o Carnaval também é momento de lembrar e se proteger das ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis).



O Carnaval é uma das festas mais esperadas durante o ano, no Brasil. Há quem arrisque dizer que "o ano só começa após o carnaval". Embora não seja considerada um feriado nacional, a data reúne foliões em todos os cantos do país, já que é uma festa voltada para folia, alegria, diversão e muita paquera.


​A festa, na maioria das vezes, é regada de muitas bebidas alcoólicas e drogas, o que faz com que as pessoas acabem esquecendo dos cuidados preventivos de ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis).


Mesmo o contato sexual não sendo a única forma de contaminação por ISTs (o contágio também pode ocorrer por compartilhamento de seringas, agulhas e objetos cortantes e de mãe para filho durante a gestação ou no parto), esta ainda é uma das formas mais negligenciadas de contágio. Entre as ISTs mais comuns estão HIV, HPV, herpes genital, gonorreia, hepatites B e C e sífilis. Para auxiliar na divulgação de informações corretas, o Ministério da Saúde lançou uma Campanha de Prevenção às ISTs para ser veiculada no Carnaval.


Créditos de imagem: Ministério da Saúde

​A seguir, falaremos sobre algumas doenças, lembrando que todas podem ser evitadas com o uso de preservativo.

 

  • HIV: o vírus da imunodeficiência humana é o causador da Aids. Ele ataca o sistema imunológico e derruba as defesas do organismo. No Brasil, a doença é considerada estável, mas vem crescendo entre os jovens, nos últimos anos. Atualmente, a taxa de contaminação é de 5,8 casos por 100 mil habitantes, entre os jovens de 15 a 19 anos, e 21,8 casos por 100 mil habitantes, entre 20 e 24 anos. Cerca de 827 mil pessoas convivem com o HIV no país e cerca de 112 mil têm o vírus e não sabem. Isso mostra que a população jovem está mais vulnerável e, mesmo com informação, não estão se prevenindo adequadamente. O HIV não tem cura, mas o tratamento contínuo pode controlar a doença e tornar o vírus indetectável. O teste rápido detecta a infecção com 15 dias após o contágio.

 

  • Sífilis: é transmitida pela bactéria Treponema pallidum e apresenta três estágios, tendo maior potencial de infecção nos dois primeiros. Pode ser passada da gestante para o bebê, podendo levar à má-formação do feto, surdez, cegueira e deficiência mental. Os sintomas são feridas genitais e manchas no corpo (como uma alergia), nos dois primeiros estágios. O problema da sífilis é que os sintomas podem se curar sozinhos e passarem despercebidos, levando a uma ilusão de cura. A sífilis terciária pode aparecer de 2 a 40 anos após a infecção, podendo causar lesões neurológicas e cardiovasculares, além de morte.

 

  • HPV: o papilomavírus humano existe com mais de 200 variações e se manifesta como verrugas no pênis, vulva, vagina, ânus, colo do útero, boca e garganta. É uma preocupação pois pode causar câncer (colo de útero, ânus, boca e garganta). O vírus pode ser silencioso por longos períodos e é difícil erradicar totalmente a infecção. Mulheres em idade reprodutiva devem fazer teste preventivos anuais, monitorando o aparecimento de lesões. As vacinas são indicadas para jovens entre 9 e 13 anos.

 

  • Gonorreia: é causada pela bactéria Neisseriagonorrhoeae, infectando a uretra. O sintoma mais comum é corrimento genital, podendo causar dor ao urinar e sangramento nas relações sexuais. A maioria das mulheres não apresenta sintoma. Quando não tratada, a infecção pode atingir vários órgãos, causando infertilidade e outras complicações.


  • Herpes genital: o vírus pode causar bolhas e lesões dolorosas na região genital, além de ardor, coceira, dor ao urinar e febre. Os sintomas podem aparecer quando a imunidade está baixa. A doença não tem cura e ela se manifestará diversas vezes ao longo da vida. O vírus também facilita a entrada de outras ISTs. A doença pode provocar abortos e riscos ao bebê.

 

  • Hepatites B e C: são inflamações no fígado, causadas por vírus. As hepatites são transmitidas sexualmente, por transfusão sanguínea e compartilhamento de objetos contaminados. De acordo com o Ministério da Saúde, milhões de brasileiros possuem os vírus B ou C e não sabem. Podem desenvolver doença crônica e causar danos graves ao fígado, como cirrose e câncer. Os sintomas são raros, mas podem incluir cansaço, tontura, enjoo, pele e olhos amarelados. O diagnóstico é através de exame de sangue e o tratamento combina medicamentos e corte de bebidas alcoólicas. A vacina para a hepatite B é gratuita, na rede pública, mas ainda não existe para a hepatite C.

 


 

​Algumas dicas para curtir o Carnaval em segurança são:


  • Use preservativo durante todos os atos sexuais, já que evitam o contágio por ISTs e, ainda, uma gravidez indesejada (as UBS distribuem preservativo de forma gratuita);

  • Evite compartilhar objetos pessoais;

  • Evite trajes de banho úmidos por longos períodos e se higienize adequadamente ao chegar em casa.


 

A prevenção é sempre a melhor opção, mas, se não se preveniu adequadamente, os postos de saúde possuem testes gratuitos para o diagnóstico de ISTs. Algumas ISTs, se descobertas no início, possuem tratamento eficaz. O diagnóstico rápido e o tratamento adequado são indispensáveis.

 

29 visualizações0 comentário

Comments


bottom of page