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Foto do escritorGabriela Araújo

Esportes: um mundo fora da realidade para mulheres?

Nas últimas semanas, casos de agressões a mulheres no mundo dos esportes se tornaram virais: dos campos de futebol aos ciberesportes, situações indignam, mas punições ainda são pouco recorrentes.



O Counter-Strike surpreendeu a indústria de jogos quando o modo improvável se tornou o jogo de ação de PC mais jogado no mundo quase imediatamente após o seu lançamento, em agosto de 1999.


Durante os últimos anos, continuou a ser um dos jogos mais jogados do mundo, foi o jogo principal de inúmeros torneios competitivos e vendeu mais de 25 milhões de cópias no mundo inteiro.

“O CS:GO (Counter-Strike: Global Offensive) promete expandir a jogabilidade popular do jogo e trazê-la não só para o PC, mas também para os consoles de última geração e para Macs”, disse Doug Lombardi, criador do jogo.


Apesar do sucesso, o jogo ainda é pouco conhecido no Brasil. Mas, nas últimas semanas, tornou-se notícia nas páginas esportivas o fato de uma jogadora ter sido expulsa do jogo simplemente por ser mulher.


O caso aconteceu durante uma partida, na fase daspistolas, quando a streamer conhecida como xoQueenScar, usou o microfone para se comunicar com a equipe.


Ao perceber que se tratava de uma mulher, um dos componentes do jogo foi categórico a abrir uma votação a favor da expulsão da streamer, o que foi feito logo em seguida.


No vídeo que viralizou é possivel escutar de um dos participantes “Eu acabei de ouvir uma mulher? Saia da porr* do meu jogo”.


A streamer Scarlett, conhecida como xoQueenScar

Após a expulsão, xoQueenScar revelou que isso é algo que sempre acontece durante os jogos.


Fatos como esse não acontecem apenas em outras países. A gamer Camila Fatarelli, de 21 anos, comentou sobre a sua dificuldade em participar de um jogo em que o público é maioria masculina: “Quando comecei a jogar esses de multiplayer, notei que era super difícil ter outra mulher no time além de mim. Depois de um tempo eu comecei a jogar Valorant, e ficou mais difícil ainda. Eu não sei se o público masculino é maior em jogo de FPS, mas tenho certeza de que são mais tóxicos, principalmente quando envolve chat de voz”.


Camila ainda aponta um fator que acredita ser o motivo para casos assim: “Eu tenho para mim que homens não estão acostumados a dividir esse tipo de espaços com as mulheres, ainda mais se jogam melhores do que eles”.


Violências contra as mulheres nos meios esportivos se intensificaram nos últimos tempos, chegando inclusive a agressões físicas, como as sofridas pela árbitra Dalma Magalí Cortadi, agredida com um soco na cabeça e nas costas pelo jogador Cristian Tirone, em torneio regional entre os times Garmense e Deportivo Independência, na Argentina. O criminoso foi preso, mas não se sabe se permanece até o momento.


Imagem do momento em que árbitra é agredida após assinalar falta.

A sociedade tem se indignado cada vez mais com a situações abusivas contra as mulheres, mas, quando acontecem nos âmbitos esportivos (inclusive dos ciberesportes) a realidade não é a mesma: ambos os casos não repercutiram além do ambiente relacionado. Punições passaram longe de serem exigidas e, se leis já são complicadas de serem aplicadas, quando falamos do ambiente esportivo, essa dificuldade só aumenta.

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