Conheça projetos que podem ajudar mulheres nos momentos em que mais precisam. Alguns, inclusive, tornaram-se leis.
A luta contra o sexismo e pela equidade social muitas vezes começa em iniciativas solitárias ou pequenos grupos em que elas, por afinidade, se juntam para discutir um tema ou unem forças contra alguma questão que lhes aflija. Conheça, a seguir, alguns projetos voltados a atender e/ou auxiliar mulheres em situações de vulnerabilidade;
Absorvendo Amor
Créditos de imagem: Absorvendo Amor
Em busca de uma sociedade em que todas tenham acesso a produtos de higiene íntima de qualidade, um grupo de 10 alunos dispostos a ajudar mulheres que vivem em situação de pobreza menstrual criou o projeto Absorvendo Amor, dentro da Escola Eleva, no Rio de Janeiro, em 2018.
Junto ao programa, além de levar os produtos até elas através de arrecadações, as meninas orientam sobre a saúde feminina, buscando diminuir o tabu que ainda existe ao redor deste tema, aumentando a conscientização e abrindo espaço para essa conversa.
Com a pandemia e a necessidade do distanciamento social, o movimento precisou ser repensado. Em vez de receber absorvente de forma presencial, o grupo passou a fazer uma "vaquinha" online para direcionar as doações a outras ONGs, como a One by One, e associações em favelas.
Mapa do Acolhimento
Criado diante do aumento de casos de violência doméstica durante a pandemia, o Mapa do Acolhimento é uma rede de solidariedade criada para conectar mulheres que experimentam ou experimentaram algum tipo de agressão, seja física ou psicológica. Durante o projeto, as vítimas contam com advogadas e psicólogas dispostas a ajudá-las de forma voluntária.
Atendendo todo o Brasil, o grupo recebe atualmente mais de 20 pedidos de ajuda por dia, quase um a cada minuto. Registrada a queixa, a equipe do Mapa checa os dados e localiza as profissionais cadastradas no serviço que estejam próximas à vítima para que elas possam se conectar e encontrar uma saída jurídica e emocional que encerre o problema de uma vez por todas.
Salário Maternidade
Benefício previdenciário que surge quando há o nascimento, aborto não criminoso, adoção ou guarda judicial para fins de adoção de criança. Para recebe-lo, é preciso que haja contribuições ao INSS, ligadas ou não à relação de trabalho. Assim, mesmo as pessoas que não possuem carteira assinada podem ter direito ao benefício, desde que façam a contribuição de maneira correta.
O valor do salário maternidade deve ser o mesmo da sua remuneração integral equivalente a um mês de salário. A mulher tem direito ao benefício durante 120 dias, ou seja, 4 meses, podendo ser estendido para 180 dias, ou seja, 6 meses.
Mãe Solo
Transformado em Lei, o projeto Mãe Solo prevê que a mulher provedora de família monoparental registrada no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) com renda familiar per capita inferior a meio salário mínimo e dependentes de até 14 anos de idade, receba ações de assistência social.
Dentre as ações, estão o recebimento de cota dobrada em qualquer benefício assistencial destinado a famílias com crianças e adolescentes. Além disso, o texto estabelece a prioridade da mãe solo nas políticas públicas de intermediação da mão de obra e de qualificação profissional. Há ainda a previsão de prioridade dos filhos de mãe solo no preenchimento de vagas na escola pública de educação infantil.
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