Diana é o nome da princesa que balançou a monarquia britânica. Com uma vida curta, mas cheia de ativismo social, fez seu nome e é lembrada até hoje como a princesa do povo.
Diana Frances Spencer, a eterna Princesa de Gales, nasceu no dia 1º de julho de 1961. Dona de lindos olhos azuis e trejeitos encantadores, a princesa era extremamente amada pelo público e perseguida pelos tabloides. Conhecida pelo seu ativismo social, a mãe dos príncipes William e Harry, foi apelidada de “princesa do povo” e até hoje é lembrada com carinho. Sua vida foi tão icônica, apesar de curta, que até hoje inúmeros documentários, filmes e séries são produzidos sobre sua história.
A futura esposa de Charles — atualmente Rei Charles III — pertencia a uma longa linhagem de aristocratas, intimamente ligados à monarquia. Suas avós haviam sido damas de honra da Rainha mãe Elizabeth. Seu pai, o Conde Spencer e sua, mãe Lady Frances Ruth Spencer, viviam um casamento difícil. Diana tinha entre 6 e 7 anos quando seus pais se divorciaram — uma separação difícil, que deixou a entender que a errada foi sua mãe — e a futura princesa e seu irmão passaram a estudar em colégios internos, sob a tutela de seu pai. Diana cresceu com seus irmãos Sarah, Jane e Charles (seu irmão John — que nasceu um ano antes dela — morreu pouco depois de nascer). Lady Di, como era conhecida, se destacou na escola, sendo uma criança cheia de energia, com talentos esportivos: nadava, dançava e esquiava.
Sua mãe se casou novamente em 1969 com Peter Shand Kydd e, em 1976, seu pai, John Spencer, se casou também com Raine MacCorquodale, a condessa de Chambrun, a quem Diana odiava. Crescendo no meio de brigas entre seus pais e com um relacionamento ruim entre ela e sua madrasta, a futura princesa tinha horror a divórcios e acreditava que poderia ter uma família feliz e unida um dia.
Morando sozinha
Diana se formou na escola e passou a morar sozinha em Londres. Ganhou de sua mãe como presente de aniversário aos 18 anos um apartamento, que passou a dividir com algumas colegas. Lady Di — que herdou o título de Lady por ser filha do Conde Spencer — trabalhou como babá, instrutora de dança, professora assistente em escolas de educação infantil e fez trabalhos de limpeza para sua irmã mais velha Lady Sarah.
Existe uma famosa foto da princesa, em que ela está segurando crianças no colo em seu trabalho. Ela era conhecida por ser caridosa e amável com as crianças, que a adoravam. A princesa morou em seu apartamento de 1978 até 1981.
Conhecendo o príncipe
A relação dos Spencer com a família real britânica era antiga, sendo eles mesmos descendentes de nomes históricos, como Maria Bolena, irmã da Rainha Ana Bolena — segunda esposa de Henrique VIII — e da Rainha Mary Stuart da Escócia — que também era prima de Elizabeth I. Além disso, a Rainha Elizabeth II era madrinha de Charles, irmão de Diana.
A menina de olhos azuis faiscantes conheceu o príncipe Charles aos 16 anos. Ele era namorado de sua irmã, Lady Sarah, e já tinha 29 anos. O príncipe, no entanto, não notou a jovem tímida com olhares encantados para ele. Sua família conta que a futura princesa de Gales tinha um amor infantil pelo príncipe, quase como um sentimento de fã. Ela era conhecida por ler muitos romances e contos de fadas em que a garota se casava com um lindo príncipe e viviam felizes para sempre. Essas ideias românticas refletiram nos próprios sonhos e objetivos de Lady Di.
Em 1980, o namoro do príncipe Charles e sua irmã Sarah havia acabado há um bom tempo e ambos se tornaram apenas amigos. O herdeiro do trono britânico era conhecido por ter muitas namoradas da alta sociedade, mas não engrenar em nada muito sério, algo que era muito cobrado pela mídia. Neste ano, Diana foi convidada para um fim de semana no campo, durante o verão. O príncipe estava jogando polo neste dia e notou a jovem garota de olhos azuis e sorriso doce enquanto jogava.
Logo depois, ele a convidou para um passeio de fim de semana no famoso iate real Britannia, — o iate foi retratado na 5ª temporada de The Crown — e, depois do passeio, a futura princesa foi para Balmoral (moradia da família real na Escócia), lugar em que a família real estava reunida para conhecer a namorada de Charles. Lady Di foi bem recebida pela Rainha Elizabeth II e o duque de Edimburgo, Philip, inclusive é falado que a jovem impressionou o príncipe consorte Philip, que passou a apoiar um enlace mais sério entre o casal.
Charles passou a cortejar Diana em Londres e a pediu em casamento no dia 6 de fevereiro de 1981, no castelo de Windsor. Diana aceitou, encantada com seu novo amor de conto de fadas. Esconderam o noivado do público até o dia 24 de fevereiro, quando foi oficializado, seu anel de compromisso foi escolhido por ela mesma e é até hoje muito famoso. O anel tradicional com uma safira no centro, combinava perfeitamente com seus olhos e lembrava o anel de sua própria mãe. Hoje, o anel é usado por Kate Middleton, atual Princesa de Gales.
O casamento dos sonhos
Diana foi a primeira noiva real a ter um emprego remunerado antes do casamento. Com o anúncio de seu noivado e o assédio da mídia em cima da jovem — assédio que a perseguiu por toda a sua vida —, ela precisou deixar seu emprego e voltou a morar em Clarence House, casa da família Spencer por um tempo. Mas, foi quando se mudou para o Palácio de Buckingham que começou a perceber os indícios de sua nova vida: solidão. A jovem foi constantemente deixada sozinha, escondida das câmeras dos paparazzi, sem a companhia de seu futuro marido.
A jovem noiva conheceu a princesa Grace de Mônaco em sua primeira aparição pública oficial no baile beneficente de 1981, em Goldsmiths Hall. Infelizmente, a princesa Grace e Diana morreram em circunstâncias parecidas: ambas em um acidente de carro. É dito que Grace foi extremamente delicada com Diana, que estava desconfortável com a atenção recebida no evento, apesar da amizade das duas ter durado apenas 2 anos, Lady Di falava dela com carinho e durante o funeral da princesa de Mônaco, Diana disse “Grace sempre foi muito doce comigo”. Ambas tinham uma história cheia de pontos comuns, eram mulheres que se casaram inesperadamente com a realeza, precisaram se reinventar para o novo papel e eram perseguidas pela mídia.
A princesa do povo tinha uma relação íntima com a moda, sendo ela a pessoa que ditava estilo, em vez de se render às tendências. Seu vestido de casamento foi assunto da mídia por meses, o ateliê responsável pela produção da peça precisava comprar vários tecidos de cores e materiais diferentes para despistar os jornalistas, que estavam abrindo as encomendas ou remexendo no lixo do ateliê durante a noite em busca de retalhos do tecido.
Todo o trabalho que os estilistas David e Elizabeth Emanuel tiveram para produzir o vestido e escondê-lo dos paparazzi valeu a pena. O vestido se tornou icônico, sendo replicado por várias noivas no mundo todo. A peça era de tafetá de seda e renda antiga cor marfim, com mangas bufantes, lantejoulas e pérolas. Além disso, a cauda do vestido de noiva de Lady Di chegava a incríveis 7,62 metros. De modelo clássico, Diana parecia uma princesa saindo direto dos filmes da Disney, uma Cinderela real a caminho de se casar com seu príncipe encantado. Certamente era essa a sensação que ela tinha. Mas mesmo nesse dia especial, uma sombra pairava entre o casal: Camilla Parker Bowles — antiga amante de Charles e atual Rainha do Reino Unido.
Diana surpreendeu com a escolha de seus estilistas, que não eram conhecidos na época e ficaram extremamente honrados. Mas a maior dificuldade da dupla não foi driblar a imprensa e sim lidar com a perda constante de peso da princesa. Lady Di sofria de bulimia e perdeu cerca de 10 centímetros de cintura enquanto o vestido era feito. Alguns documentários afirmam que a culpa da doença da princesa de Gales era da mídia, que colocava pressão e perseguia a jovem a cada passo seu, e também culparam Charles. Diana tinha apenas 19 anos quando foi pedida em casamento, seu rosto era um pouco redondo, ainda perdendo as feições infantis da adolescência e Charles comentou, em tom de brincadeira, que ela estava gordinha em sua cintura. Claro que esse e outros comentários de Charles ditos por pessoas próximas da princesa em produções depois de sua morte, não podem ser confirmados com 100% de veracidade.
A cerimônia foi televisionada mundialmente e assistida por 750 milhões de pessoas. No local, 600 mil espectadores estavam nas ruas da Inglaterra, tentando assistir ao casamento pessoalmente. Durante os votos, Diana não realizou o tradicional “juro amar, cuidar e obedecer”, a princesa manteve os votos até “cuidar”. Essa rebeldia foi notada pela imprensa e foi bem recebida no meio das mulheres. Anos mais tarde, Meghan Markle, Duquesa de Sussex, repetiu o feito em seu casamento com o príncipe Harry.
Um conto de fadas sem começo feliz
No casamento de Charles e Diana, é possível reconhecer uma figura destoando entre os convidados: Camilla Parker Bowles. A então esposa de Andrew Parker Bowles já tinha sido namorada do príncipe Charles e o rapaz era apaixonado por ela e queria se casar. Infelizmente a família real não a considerava uma boa escolha. Camilla era uma mulher mais velha, não muito bonita, sem carisma e sem o requinte necessário para futura rainha.
Mandaram Charles para uma viagem naval de 6 meses, para tentar esfriar o relacionamento dos dois. A estratégia funcionou, na ausência do herdeiro do trono britânico, Camilla se aproximou de seu ex-namorado Andrew, de quem ficou noiva e com quem se casou. Quando retornou de viagem, o príncipe foi recebido com um anúncio de jornal do casamento de sua amada. Charles passou a engrenar namoros com mulheres consideradas adequadas pela realeza, até que esbarrou em Sarah Spencer e, por consequência, em sua irmã, Diana.
No entanto, o casamento de Camilla ia mal, a mulher continuava apaixonada por seu antigo amor, do qual continuava próxima, fazendo telefonemas e tendo encontros às escondidas, típico caso extraconjugal. Porém, ela já era casada e o príncipe não poderia se casar com uma mulher divorciada. Além disso, ele já estava noivo de Diana, que de nada sabia.
Durante a lua de mel dos dois, Diana encontrou nos pertences do marido uma foto de Camilla, além disso, ele usou todos os dias abotoaduras com duas letras escritas: “CC” — Camilla e Charles. Isso magoou profundamente Diana, que percebeu que o amor do príncipe não pertencia a ela. Com um começo conturbado assim, não é de se admirar que as coisas foram piorando conforme os anos passavam.
Charles manteve seu caso com Camilla e não fez nenhum esforço para se esconder de sua jovem esposa. Inclusive, a deixava horas sozinha, mesmo grávida, para passar seu tempo com Camilla, que morava perto da residência do casal real. Diana chamava Camilla de “Rottweiler”, apelido que se deu porque “quando ela crava os dentes em alguém, nunca mais solta”.
Diana conta em uma de suas biografias, que durante a gravidez de William estava tão desesperada - por estar extremamente sozinha em seu casamento, pelos muitos papéis que precisava assumir de uma hora para outra e por ter descoberto sobre Camilla - que se jogou da escada, aos 4 meses de gravidez. A Rainha Elizabeth II viu a cena e ficou extremamente temerosa. Charles no entanto não se importou, dizendo se tratar de “birra” de uma mulher que se comportava como criança, tratando a solidão de Diana e sua bulimia como algo comum. Mesmo a jovem princesa emagrecendo visivelmente a cada dia, a família real passou a pôr panos quentes na situação.
A gravidez de Diana não serviu para aproximar o casal e nenhum dos seus esforços — como fazer uma apresentação surpresa de ballet para ele ou cantar em sua homenagem — fizeram com que o príncipe se sentisse mais disposto sobre ela. Quando Diana engravidou de seu segundo filho, príncipe Harry, parecia haver uma luz no fundo do poço. Charles se aproximou dela nas 6 semanas que antecederam o nascimento do caçula. No entanto, quando o menino nasceu, era ruivo, e o herdeiro do trono disse: “ele parece mais um Spencer do que um Windsor”, ficou poucos minutos e saiu. Muitas pessoas dizem que ele foi comemorar o nascimento do filho com Camilla.
Na realidade, tudo que a princesa fazia aborrecia Charles. Nos eventos, as pessoas não perguntavam por ele e sim por Diana, cartazes com o nome dela eram vistos em todos os eventos, as fotos da princesa estamparam todas as capas de revistas da época e, na maioria das vezes era ela sozinha, sem nenhuma menção ao futuro rei. Diana desobedecia as regras, andava no meio do povo e todos os seus trabalhos filantrópicos atraiam cobertura internacional. De repente o herdeiro do trono deixou de ser tão especial, se tornou muito pequeno perto da imagem que reluzia de sua esposa e isso mexeu com seu ego.
Em um evento, um menino perguntou ao príncipe onde estava Diana, do qual Charles respondeu “ela não vem hoje filho, peça o dinheiro do seu ingresso de volta”. Diana reluzia, dançava, cantava, tocava, era sempre a primeira a ser notada em qualquer evento e as manchetes com seu nome, a roupa que tinha usado, as tendências que lançava, seu corte de cabelo ou jóias que preferia estavam por todos os lugares, já Charles? Não. A rainha Elizabeth II não dava nenhum indício de que abdicaria em favor do filho, que ficou relegado a 2ª lugar, sem nenhum poder real por muitas décadas e, na mídia, o nome de sua esposa era mais falado que o dele.
O único conforto do príncipe estava nos braços de Camilla, com quem ele realizava viagens românticas enquanto ambos ainda eram casados com outras pessoas. Enquanto Charles era mais quieto e polido, gostava de jardinagem e botânica — tal qual Camilla — Diana era mais ativa, do tipo que amava acompanhar apresentações e estar presente em atividades esportivas.
Após o nascimento de Harry, o casamento dos dois ruiu de vez, tendo uma última tentativa de reconciliação, que foi definitivamente fracassada. A famosa “segunda lua de mel” do casal real aconteceu quando William e Harry tinham 9 e 7 anos, eles programaram uma viagem de 2 semanas. No entanto, Charles levou amigos, para que não ficasse sozinho com a família e terminou a viagem em menos de 10 dias. Logo depois, se encontrou com Camilla.
Diana, mãe
Diana era muito ligada a seus dois filhos, William e Charles. Mesmo sabendo que ambos eram da realeza, tentava fazer com que os meninos tivessem vidas normais. Levou ambos para conhecer a Disney, comer em lanchonetes, assistir filmes no cinema, acompanhou cada um nos seus primeiros dias de aula e participou de todos os eventos estudantis.
Lady Di quebrou uma regra durante o dia das mães na escola de William, participando de saia e descalça de uma corrida na escola do filho. Diana se esforçou verdadeiramente e, sendo muito atlética, ganhou a corrida, que foi muito comemorada por todos.
Ela sabia que estava educando o futuro rei do Reino Unido, então levou seus filhos para muitos dos seus trabalhos de caridade e para conviver com outras classes sociais sempre que podia. Muito da filantropia de Diana foi passada para seus filhos, que mantêm o legado da mãe até hoje. Em uma viagem do casal quando William era apenas um bebê, Diana exigiu que William acompanhasse os dois. Não era costume o príncipe herdeiro e seu filho viajarem juntos, mas a insistência de Diana foi tanta, que ela conseguiu. A princesa fazia questão de participar da vida dos filhos ativamente, independente das exigências que sua posição tinha sobre ela.
Ela era vista constantemente abraçando e cuidando dos príncipes e sempre que se sentia incomodada com a constante presença das câmeras, pedia que os paparazzi deixassem seus filhos em paz. Que tirassem fotos dela, mas que deixassem os príncipes aproveitarem seu tempo juntos de maneira normal, sem nenhuma câmera. Lady Di falava que William era seu melhor amigo, que ele a entendia e que ela sempre conversava muito com ele. Também falava que Harry era extremamente doce, gentil e inteligente. A morte da mãe afetou profundamente os filhos, que sentiram muita falta de sua figura gentil.
Diana tentou manter a família unida e feliz, pois não queria que seus filhos passassem a dor de um divórcio, como ela mesmo sofreu, infelizmente isso não foi possível e os príncipes sofreram dois duros golpes: a separação dos pais e a morte da mãe apenas um ano depois.
William era tão ligada à mãe que instruiu seus filhos a não chamarem Camilla Parker de avó. Explicou que ela é apenas a esposa de seu avô, que sua avó paterna era Diana. Na divisão das jóias de Diana, Harry escolheu o anel de noivado de sua mãe, que era o favorito da princesa de Gales, mas acabou cedendo e dando o anel para o irmão pedir sua atual esposa, Kate, em casamento, o que demonstra o carinho profundo que ambos sentiam pela mãe.
Quando Diana se divorciou de Charles, perdeu o título de “Sua Alteza Real” e, segundo a mãe da princesa, Diana chorou por muito isso. William prometeu que, quando se tornar rei, vai devolver o título à mãe.
O trágico fim
Após o nascimento de Harry, se sentindo cada vez mais sozinha e delegada pelo marido, Diana começou a se envolver em uma relação extraconjugal com James Hewitt. As más línguas dizem que ele é o verdadeiro pai de Harry, no entanto o relacionamento deles se deu após o nascimento do príncipe, que é legitimamente filho de Charles. Ele foi um apoio importante para a princesa durante um tempo, mas traiu sua confiança ao revelar o envolvimento dos dois para os tabloides.
Diana também se envolveu amorosamente com seu guarda-costas, Barry Mannakee, o qual ela afirma que foi seu amor mais confiável. Infelizmente, ele morreu em um trágico acidente de moto, que afetou dolorosamente a princesa de Gales. O escandaloso caso de Squidgygate foi uma chamada gravada de Diana com James Gilbey, na qual ele pedia um beijo e a chamava de querida.
Charles e Diana se separaram em 1992, com um comunicado feito pela casa real de maneira triste. No entanto, no papel continuavam casados e mantiveram a agenda real de ambos. Na teoria Diana ainda seria rainha do Reino Unido. No entanto, aconteceu uma gravação entre um telefonema de Charles e Camilla, nos quais eles usaram nomes sujos e trocaram palavras de cunho sexual. No telefonema, Charles encerra a ligação com “amo você”, palavras que atormentaram a princesa. Para piorar a situação, Charles deu sua própria entrevista, admitindo o caso com Camilla e humilhando Diana publicamente.
O vestido da vingança acontece após essa entrevista. Diana ditava a moda e apareceu usando um vestido preto colado ao corpo em um evento, totalmente contra as normas de vestimenta real. Sua aparição com o famoso "revenge dress" ("vestido da vingança") ofuscou a entrevista de Charles, colocando ele em segundo plano novamente. Diana foi capa de todas as revistas nacionais e internacionais. Tamanho foi o impacto do vestido que, quando Camilla Parker foi se divorciar, usou o mesmo vestido e modelo de jóias de Diana, e o que era para ser considerado uma sátira, um deboche, ela acabou levantando críticas pela mídia e fazendo com que fosse chamada de “invejosa”, “sem carisma” e “sem brilho próprio”.
A princesa de Gales acabou dando sua própria entrevista, muito polêmica, em que ela acusava a família real de ser conivente com as atitudes de Charles, além de fingir que não enxerga os transtornos dela. Além disso, ela revela todos os seus casos extraconjugais, assim como a história de Charles e Camilla, que acontecia desde antes do casamento dos dois, ela fala: “Bem, havia três de nós nesse casamento, então era um pouco lotado” e, para terminar com chave de ouro, a princesa questionou o direito de Charles ao trono, afirmando que não conseguia vê-lo como rei, que seria uma posição sufocante para ele. Diana também diz que não acredita que seria rainha um dia, mas que gostaria de ser rainha no coração do povo, posição que ela conquistou eternamente.
Após isso, a rainha escreveu uma carta para os dois, avisando que, mediante, todos os fatos, com profundo pesar, acreditava que o divórcio seria a melhor solução. Em 1996, ambos assinam o divórcio e Diana perdeu o título de “Sua Alteza Real”, o qual ela tanto amava, mas se mantém eternamente como “Princesa de Gales”, título que nem com seu casamento com Charles, Camilla pôde adquirir, ficando conhecida como Duquesa da Cornualha, nunca princesa — esse título sim, pertenceria para sempre a Diana Spencer.
Com seu divórcio em 1996, Diana estava livre para viver um amor reconhecido e público. Em 1997, Diana se envolve com o egípcio e herdeiro milionário Dodi al Fayed — a princesa conhecia seu futuro sogro e o rapaz há algum tempo, mas foi após seu divórcio que se envolveram. Seu relacionamento foi acompanhado de perto pelo mundo todo. Dodi oferecia tudo que Diana precisava: segurança, carinho e proteção. Extremamente vigiada pela mídia, com seus telefonemas sempre grampeados e com paparazzi perseguindo cada passo seu, a princesa precisava de alguém que pudesse garantir sua segurança.
Dodi também tinha se divorciado de seu breve casamento de 8 meses e estava totalmente encantado pela princesa de olhos azuis e melancólica. Foi durante a estadia do casal em Paris que Diana veio a falecer. O trágico acidente aconteceu no túnel da Ponte de l’Alma, na famosa cidade da luz. Diana, Dodi e o motorista do casal morreram naquela noite de 31 de agosto.
O acidente aconteceu porque Diana estava sendo perseguida por paparazzis incansáveis, o motorista em alta velocidade perdeu o controle do carro e colidiu com o túnel. Apesar de ser encontrada com vida, a princesa não resistiu aos ferimentos e faleceu.
Sua morte fez o mundo parar e sair do eixo comum, milhares choraram a morte da princesa do povo, foi instalado um sentimento de luto por todo o mundo. Seu funeral foi assistido por cerca de 2,5 bilhões de pessoas. Todos choraram pela morte de Diana, que partiu com apenas 36 anos. A rainha Elizabeth II chegou a ser criticada pela demora de um pronunciamento oficial, quando veio a público, genuinamente abatida disse que estava cuidando de seus netos, que perderam uma mãe muito amada.
Charles e William acompanharam o cortejo fúnebre da eterna Princesa de Gales em profunda tristeza. Seu acidente foi julgado como negligência do motorista, que estava sob efeito de álcool e da perseguição imprudente dos paparazzi. A imprensa precisou rever toda a sua abordagem com celebridades depois desse trágico evento. O título de “Princesa de Gales” foi mantido até o final por Diana.
Filantropia, ativismo e caridade
Diana foi uma das vozes contra o preconceito que se tinha de pessoas portadoras da AIDS. Em uma foto muito famosa, Diana aperta a mão de várias pessoas que testaram positivo para AIDS sem luvas. A princesa era patrona de inúmeras instituições de caridade, como as que acolhiam os sem-teto, viciados em drogas, jovens carentes e idosos.
A princesa também começou uma campanha internacional contra as minas terrestres, para isso viajou até a África do Sul em 1997 e participou da Cruz Vermelha. Diana chegou a andar no meio de um campo de minas terrestres corajosamente 2 vezes, com câmeras filmando para conscientizar as pessoas. Pelo seu trabalho, o tratado de Ottawa que proíbe o uso de minas terrestres foi assinado. Após sua morte, pelo trabalho que ela realizou em função do fim das minas terrestres, Diana ganhou o Nobel da Paz. A princesa também se envolveu com causas relacionadas ao combate ao câncer.
Algumas produções sobre a vida de Diana
● The Crown (2016-2022) - disponível na Netflix;
● Diana: o musical (2021) - disponível na Netflix;
● Spencer (2021) - disponível na Amazon Prime Video;
● Diana (2013) - disponível na Amazon Prime Video;
● Diana 7 dias (2017) - disponível na Globoplay;
● Diana: o desabafo da princesa (2020) - disponível na Globoplay;
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